Nesta segunda-feira (18), o dólar comercial ultrapassou a barreira dos R$ 5, fechando o dia a R$ 5,026. Esse aumento de 0,57% marca a primeira vez que a moeda norte-americana alcança tal valor desde o fim de outubro, quando estava cotada a R$ 5,04. Atualmente, o dólar acumula uma alta de 1,09% em março e de 3,56% em 2024, refletindo a cautela do mercado em relação às futuras definições dos juros nos Estados Unidos e no Brasil.
O mercado de ações brasileiro, representado pelo índice Ibovespa da B3, encerrou o dia em leve alta de 0,17%, atingindo 126.954 pontos. Esta valorização foi influenciada principalmente pela recuperação das ações de mineradoras, que se beneficiaram da alta na cotação internacional do minério de ferro. Por outro lado, ações de petroleiras e de companhias elétricas registraram queda, demonstrando a instabilidade do mercado.
A expectativa pelo anúncio das taxas básicas de juros, tanto pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) quanto pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, tem sido um dos principais fatores de tensão no mercado. Especula-se que, na próxima quarta-feira (20), ambas as instituições revelem suas decisões, que têm o potencial de afetar diretamente a economia global e os mercados emergentes.
Recentes indicadores sugerem um aquecimento da economia norte-americana, o que pode levar o Fed a postergar cortes na taxa de juros até junho. Isso aumenta a atratividade dos investimentos em economias avançadas, em detrimento dos países emergentes, como o Brasil. A expectativa no mercado brasileiro é de um corte de 0,5 ponto na Taxa Selic pelo Copom, embora dados recentes apontem para um possível aquecimento da economia brasileira, o que poderia fazer com que o BC brasileiro reconsiderasse a continuidade dos cortes na Selic já em junho.