As redes sociais foram tomadas por uma nova expressão nesta semana: “cabeça de Ozempic”. O termo veio à tona após fãs observarem uma rápida perda de peso das cantoras Maiara (da dupla com Maraísa), e Mari Fernandez, levantando suspeitas de que o emagrecimento fosse resultado do uso de medicamentos como Ozempic e similares. A consequência mais visual e comentada dessa perda de peso foi a aparente desproporção entre a cabeça e o corpo das artistas, gerando uma enxurrada de comentários nas redes sociais.
No X, antigo Twitter, as reações variaram entre surpresa e crítica. Um usuário escreveu: “meu jesus cristo poderoso ela só tá cabeça. as pessoas tomam essa porra de ozempic e viram um funko pop”. Outro complementou, nomeando Maiara como “ozempic queen👩👑”, evidenciando a polarização do público entre o apoio e o choque diante das transformações físicas das cantoras.
Diante da curiosidade e preocupação dos fãs, a PHD em endocrinologia e metabologista Elaine Dias JK esclareceu que a rápida perda de peso, quando acarreta em perda de músculos, pode realmente causar desproporção corporal. Segundo ela, o emagrecimento saudável normalmente mantém as proporções, mas o uso de medicamentos como Ozempic, que não diferenciam gordura de músculo, pode acelerar a perda de peso às custas de massa magra, contribuindo para a aparência desproporcional observada pelos fãs.
Ozempic, conhecido por atuar no hipotálamo — região cerebral responsável pelo controle da fome e saciedade —, tem como efeito a redução do apetite e, consequentemente, uma menor ingestão calórica. No entanto, a especialista aponta que a diminuição na ingestão de proteínas, muitas vezes resultado desse menor apetite, é o que leva à perda de massa muscular. Elaine ressalta a importância do acompanhamento médico especializado, que pode orientar o processo de emagrecimento de forma a preservar a massa muscular, promovendo o que ela denomina de “emagrecimento verdadeiro”.