Em uma série de eventos que chamou a atenção da mídia internacional, o ex-presidente Jair Bolsonaro passou duas noites na embaixada da Hungria em Brasília, buscando refúgio após uma ação da Polícia Federal. Esta operação, realizada no dia 8 de fevereiro, investigava uma suposta tentativa de golpe de Estado e resultou na apreensão do passaporte do ex-presidente.
A operação da PF não apenas apreendeu o passaporte de Bolsonaro, mas também levou à prisão de dois de seus ex-assessores, marcando um ponto de inflexão no cenário político brasileiro. Quatro dias após, câmeras de segurança flagraram a entrada de Bolsonaro na embaixada húngara, situada na parte Sul de Brasília, acompanhado de dois seguranças e recebido pela equipe diplomática do país.
A estadia de Bolsonaro na embaixada sugere uma tentativa de evasão da justiça brasileira, utilizando-se da amizade com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, conhecido por suas posições ultradireitistas e por ser um aliado político de Bolsonaro.
Veja o vídeo
Este movimento foi amplamente interpretado como um esforço para se beneficiar da proteção diplomática, dado que embaixadas estrangeiras são consideradas territórios fora da jurisdição das autoridades locais.
Segundo o “The New York Times”, que divulgou essa informação, a decisão de Bolsonaro de buscar refúgio na embaixada ocorreu em um momento delicado, refletindo as tensões políticas no Brasil e as investigações em andamento.
A relação entre Bolsonaro e Orban já havia sido destacada anteriormente, com ambos compartilhando ideologias políticas semelhantes e apoiando-se mutuamente em diversas ocasiões.