O avião bimotor modelo Baron 58, da Beech Craft, ano 1981, que ficou danificado após um pouso forçado no aeródromo de Birigui na tarde desta segunda-feira (05), foi retirado de uma empresa de manutenção de aeronaves após um desacordo comercial, sem ter recebido qualquer tipo de manutenção, segundo nota da empresa.
A empresa de manutenção de aeronaves FMA divulgou nota nesta terça-feira (5) informando que em medos de 2022 a aeronave Baron de prefixo PR-NIB deu entrada no pátio da empresa, que está instalada no aeródromo, a fim de ser regularizada.
O RP10 consultou o site da Anac, onde consta que o avião está com o Certificado de Aeronavegabilidade cancelado desde 2015 porque o CVA (Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade) está vencido. A aeronave também está com status de operação negada para táxi aéreo.
Ainda conforme nota da FMA, nenhuma manutenção foi dada na aeronave devido a um desacordo comercial e falta de documentação. No dia 01 a aeronave foi retirada por um piloto que se identificou apenas como Cristian. A nota é finalizada com a informação de que, ainda que sem manutenção ou regularização, a empresa não tem autonomia para reter a aeronave, exceto por ordem judicial, e se coloca a disposição das autoridades para eventuais esclarecimentos.
Uma testemunha relatou que o avião ficou dois anos parado e nessa segunda-feira chegou a fazer uns pousos e decolagens, dando a impressão que estavam fazendo algum tipo de regulagem. Em um dos pousos a aeronave teria toca mais forte no solo, “quicando” e saindo da pista.
O piloto fugiu do local, mas antes removeu uma letra do prefixo da aeronave, o que não impediu sua identificação.