O advogado Bruno Pandini, 33 anos, é pré-candidato a prefeito de Araçatuba (SP) pelo Partido Novo. Caso a sua candidatura se consolide nas convenções, será a primeira vez que a sigla irá disputar as eleições majoritárias no município.
A intenção do grupo local de viabilizar candidatura própria foi respaldada pelo diretório estadual do partido. Ainda não há definição se a sigla irá investir em uma chapa pura, até porque seus integrantes estão abertos ao diálogo e outras possibilidades podem surgir, segundo Pandini.
Por seu perfil liberal e conservador, o Novo se aproxima do PL (Partido Liberal), cujo presidente local, empresário e produtor rural César Rezek, havia adiantado estar em conversações com a sigla para uma possível composição.
“Neste momento das pré-campanhas, estamos entendendo as possibilidades de aliança”, disse Pandini, ressaltando que a intenção é levar sua pré-candidatura para as convenções e oficiá-la para o pleito de 6 de outubro. De outro lado, não descarta também a chance de uma aliança com o próprio PL, que tem como pré-candidato o vereador Lucas Zanatta (PL).
CURRÍCULO
Nascido e criado em Araçatuba, Bruno Pandini foi para São Paulo ainda jovem, para estudar e, posteriormente, trabalhar na área de anticorrupção. Desde que se formou em Direito, trabalha para companhias, em investigações de grandes casos de corrupção.
Participou na investigação da Lava Jato e em casos de empresas envolvidas na Operação Carne Fraca, deflagrada para desarticular um esquema de corrupção envolvendo fiscais agropecuários a serviço do Ministério da Agricultura e donos de frigoríficos. Recentemente, atuou no caso da Americanas.
Além de atuar no Brasil, teve a oportunidade de trabalhar nos Estados Unidos, Colômbia e México. “Meu trabalho não é apenas auxiliar nas investigações, mas ajudar as companhias a implementarem programa de integridade”, explicou, ao afirmar que também atua na área de compliance.
REFERÊNCIA
Apesar da experiência internacional, Bruno Pandini conta que sempre teve Araçatuba como referência e, nos últimos tempos, sentiu vontade de ingressar na política.
“Minha percepção pessoal é de que a cidade sempre foi boa, mas que parou um pouco no tempo. Cresceu de forma orgânica, mas nunca assumiu o seu protagonismo de sede de uma região com mais de 1 milhão de habitantes”, afirmou, destacando que falta a Araçatuba projetos de longo prazo, com um plano de desenvolvimento para o futuro.