A União Europeia (UE), com exceção da Hungria, e os Estados Unidos expressaram um forte apelo por uma pausa humanitária imediata em Gaza, que conduza a um cessar-fogo sustentável. A declaração veio após a reunião do Conselho de Relações Exteriores da UE, onde Josep Borrell, alto representante da União Europeia para Política Externa, destacou a unanimidade, menos a Hungria, sobre a urgência de interromper as hostilidades.
Durante o encontro, os ministros enfatizaram a importância do respeito aos direitos humanos e a necessidade de Israel intensificar o auxílio humanitário à população afetada. Além disso, discutiram sanções adicionais contra colonos extremistas israelenses e as violações dos direitos humanos e violências sexuais perpetradas pelo Hamas.
Por outro lado, os Estados Unidos, um aliado histórico de Israel, preparam-se para propor ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução que solicita um cessar-fogo na região. Esta medida marca uma mudança significativa na postura americana, que até então resistia à ideia de um cessar-fogo formal. A proposta surge em um momento crítico, após Israel sinalizar a possibilidade de uma invasão em Rafah, no início do Ramadã, caso o Hamas não liberte reféns israelenses.
Rafah, no sul da Faixa de Gaza, encontra-se em uma situação delicada, com cerca de 1 milhão de pessoas potencialmente afetadas por uma escalada militar. A proposta de resolução dos EUA destaca as graves consequências de uma operação militar em larga escala, tanto para os civis quanto para a estabilidade regional.
Este apelo conjunto da UE e dos EUA por um cessar-fogo imediato em Gaza reflete uma crescente preocupação internacional com a escalada do conflito e a urgente necessidade de uma solução que priorize a vida e a segurança dos civis.