Um grupo de trabalhadores contratados pela empresa Eletromec, de Goiás, que havia sido contratada pela empresa Meic, de Araçatuba, para prestar serviço visando a reativação da Usina Aralco, em Santo Antônio do Aracanguá, realizaram um protesto nesta segunda-feira (19) alegando que estão sem salário e o hotel onde estão abrigados, no centro de Araçatuba, e a marmitaria que atende o grupo, também não receberam pagamento.
Um dos manifestantes, Fabiano Santos Abreu, que veio da Bahia, trouxe consigo parte dos trabalhadores. Ele disse que todos foram contratados pela Eletromec, a qual é responsável pelo salário, hospedagem e alimentação do grupo. Segundo ele, no total são 32 trabalhadores entre soldadores, montadores e caldeireiros.
Mas ele diz que passadas duas semanas da chegada do grupo em Araçatuba, a Eletromec perdeu contrato com a Meic e teria deixado todos os trabalhadores “na mão”, sem dinheiro algum e sem pagar a estadia e alimentação que estão em aberto. Abreu reclama que nesta segunda-feira (19) parte do grupo, ao invés de ir a usina, foi à Meic, em busca de informações sobre a terceirizada Eletromec, que teria deixados os trabalhadores sem salário e sem qualquer informação.
“Chamaram a polícia como se fossemos criminosos. Só estamos querendo o que é direito nosso. Até os policiais entenderam a situação. Eu que chamei parte do grupo, pessoas que vieram de longe, e só não fui linchado ainda porque todos eles me conhecem, mas fiquei numa situação difícil”, disse ele.
Outro lado
Um dos responsáveis pela Eletromec, Elton Moraes, disse que realmente a empresa perdeu o contrato com a Meic, porque não conseguiu reunir 46 trabalhadores dentro do prazo previsto em contrato. Segundo ele, dos 32 trabalhadores, tinha dia que foram trabalhar apenas dois. “O pessoal também não colaborou, faltavam demais”, explicou. Diante da situação a terceirizada acabou perdendo o contrato.
No entanto, Helton diz que a empresa não faliu como um dos integrantes do grupo saiu dizendo e gerando toda essa situação. “Nós atendemos várias cidades do Estado, não fugimos e não fomos embora”. Ele explicou que os trabalhadores que haviam chegado primeiro já receberam o acerto.
Segundo Helton, falta fazer o acerto de 11 trabalhadores que estão há duas semanas na cidade, e o acerto com todos os direitos trabalhistas, segundo ele, será feito, bem como pagamento do hotel e da marmitaria.
Vandalismo
Helton disse que a polícia foi acionada porque houve princípio de vandalismo por parte de duas pessoas que chegaram a danificar dois veículos locados pela empresa, e imagens de câmeras de segurança teriam registrado o ato, que será investigado pela Polícia Civil.