Nesta quarta-feira (14), a Intuitive Machines e a SpaceX anunciaram o adiamento do lançamento de um foguete que levaria o primeiro módulo lunar desenvolvido pela empresa com sede no Texas. Previsto inicialmente para decolar às 0h57 na Flórida (2h57 de Brasília), o envio foi remarcado para amanhã, quinta-feira (15), às 1h05 (3h05 de Brasília), devido a problemas técnicos identificados momentos antes da operação.
A NASA, agência espacial americana, comunicou através da rede social X (antigo Twitter) que a decisão foi tomada após a detecção de “temperaturas de metano fora do normal antes de introduzir a carga de metano”, o que poderia comprometer a segurança e o sucesso da missão. A equipe técnica optou por adiar o lançamento para garantir que todas as condições estivessem adequadas para a operação.
A missão, denominada IM-1, tem como objetivo enviar um módulo de pouso de mais de quatro metros de altura ao espaço, a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9, a partir do Centro Espacial Kennedy, localizado no sudeste dos Estados Unidos. Após a decolagem, o módulo deverá se separar do estágio superior do foguete e, então, estabelecer comunicação com a sala de controle da Intuitive Machines em Houston, Texas.
Este lançamento marca um momento significativo na exploração espacial, ressaltando o papel crucial das empresas privadas no desenvolvimento de tecnologias e na execução de missões fora da Terra. A Intuitive Machines expressou que este é um “momento crucial para a exploração espacial”, evidenciando a importância da missão não apenas para a empresa, mas para todo o setor espacial.
A missão IM-1 representa a primeira tentativa da Intuitive Machines de realizar um pouso lunar e insere-se no contexto do programa CLPS da NASA, que busca envolver empresas privadas no transporte de equipamentos científicos para a Lua. Esta iniciativa visa preparar o terreno para o retorno dos astronautas ao satélite natural da Terra. Apesar do adiamento, a expectativa em torno do sucesso da missão permanece alta, especialmente após o incidente com a missão da empresa Astrobotic, que enfrentou um vazamento de combustível e teve seu módulo destruído em janeiro.
A NASA reitera seu compromisso com o programa CLPS, apesar dos riscos e dos desafios inerentes ao envolvimento de empresas jovens no competitivo setor espacial. A agência destaca a importância de perseverar diante dos obstáculos e aprender com cada experiência para avançar na exploração do espaço.