O cenário político de São Paulo sofreu uma reviravolta significativa com o anúncio de Ricardo Salles, deputado federal pelo PL-SP e ex-ministro do Meio Ambiente, de sua desistência na corrida à Prefeitura de São Paulo. A decisão veio à tona após o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição de Ricardo Nunes (MDB), inclusive com a indicação do coronel Mello Araújo como sugestão de vice na chapa.
Salles, que até então mantinha a esperança de lançar sua candidatura com o apoio de Bolsonaro, expressou sua posição ao jornal O Globo, afirmando: “Se a escolha do Bolsonaro for apoiar o Nunes e indicar o vice, só me resta desistir, né?”. Essa declaração marca um ponto de virada, revelando o peso da influência de Bolsonaro sobre as decisões partidárias e as candidaturas dentro do PL.
“Eu não iria contra o Bolsonaro,” disse Salles, ressaltando a lealdade ao ex-presidente e a aceitação da sua decisão de apoiar Nunes. A escolha de Bolsonaro por Nunes e a indicação de um vice específico, em detrimento de Salles, evidenciam as estratégias políticas e alianças dentro do espectro conservador, além de sinalizar a continuidade da influência de Bolsonaro na política brasileira, mesmo após seu mandato presidencial.
Embora nunca tenha recebido o apoio formal do PL à sua candidatura, Salles esperava contar com o apoio pessoal de Bolsonaro, algo que se mostrou crucial na sua decisão de não prosseguir. A desistência de Salles não apenas redefine o campo de candidatos à Prefeitura de São Paulo mas também destaca a complexidade das dinâmicas políticas e a importância das alianças entre figuras de proeminência nacional e candidatos locais.