Nesta quinta-feira (29), a Polícia Federal (PF) lançou uma nova ofensiva contra os ataques antidemocráticos que abalaram o Brasil no dia 8 de janeiro de 2023. Marcando a 25ª fase da Operação Lesa Pátria, a ação teve como alvo indivíduos suspeitos de financiar e fomentar a invasão do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
Neste dia, foram expedidos 34 mandados judiciais pelo STF, dos quais 24 são de busca e apreensão, três de prisão preventiva e sete de monitoramento eletrônico. As operações se espalharam por diversos estados: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e no Distrito Federal.
Um dos focos desta fase da operação é o empresário Joveci Xavier de Andrade, conhecido por ser um dos donos da rede de mercados Melhor Atacadista. Andrade é suspeito de ter financiado o acampamento bolsonarista localizado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. Embora tenha negado envolvimento direto nos ataques durante depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, sua presença no local dos atos foi confirmada por ele mesmo.
Além das prisões e buscas, a operação também resultou na indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados, com estimativas de danos ao patrimônio público que podem chegar a R$ 40 milhões. Os crimes sob investigação incluem:
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- golpe de Estado
- dano qualificado
- associação criminosa
- incitação ao crime
- e destruição e deterioração de bem especialmente protegido.
A Operação Lesa Pátria é descrita pela PF como uma ação permanente, com investigações que continuam em curso. “Os fatos investigados constituem, em tese, crimes contra a democracia e o patrimônio público”, enfatiza a nota da PF. A corporação também promete atualizações periódicas sobre o progresso das investigações e o cumprimento de novos mandados.