O fenômeno climático conhecido como El Niño, que se caracteriza pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, está entrando em sua fase final. Apesar da diminuição de sua intensidade, especialistas alertam que os efeitos ainda serão sentidos até o outono aqui no Brasil. Este ciclo de El Niño, iniciado em junho de 2023, foi um dos mais fortes dos últimos anos, com temperaturas das águas ultrapassando os 2°C, o que levou alguns a classificá-lo como um Super El Niño.
Meteorologistas indicam que as anomalias climáticas devem começar a perder intensidade ao longo de fevereiro e março. Entre abril e maio, a expectativa é que as temperaturas do Oceano Pacífico voltem à normalidade. O pico do fenômeno ocorreu entre dezembro e janeiro, quando foram registrados os maiores níveis de aquecimento, mas as águas ainda mostram forte intensidade nas estimativas por satélite.
O relatório mais recente da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) destaca que a região do Niño 3.4, uma faixa do Pacífico Equatorial Centro-Leste usada como referência para análises relacionadas ao El Niño, segue com um aquecimento de 1,8°C. Embora este valor esteja um pouco abaixo do pico registrado, ainda é considerado alto.
A presença do El Niño tem um impacto direto no aumento da temperatura global, gerando diversas consequências climáticas como secas, inundações, ondas de calor e tempestades em diferentes partes do mundo. Essas condições extremas podem afetar a agricultura, os recursos hídricos, a saúde humana e a biodiversidade.
Apesar do fenômeno estar perdendo força, a comunidade científica ressalta a importância de continuar monitorando suas consequências. A transição para o período de neutralidade climática, quando as temperaturas do Oceano Pacífico retornam ao normal, marcará o fim oficial do El Niño de 2023-2024, mas seus efeitos no clima global ainda serão observados nos próximos meses.