Durante uma entrevista concedida a Seth Meyers, da NBC News, na última segunda-feira (26), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um alerta contundente sobre a atual crise entre Israel e o Hamas. Biden destacou que Israel corre o risco de perder o apoio internacional caso persista com sua ofensiva contra os palestinos. A declaração ressalta a preocupação crescente com a escalada de violência na região e as implicações diplomáticas que podem advir da continuação do conflito.
“Israel tem tido o suporte da vasta maioria de nações ao redor do mundo. Se isso continuar — com esse governo incrivelmente conservador — eles vão perder apoio no mundo todo. E isso não é de interesse de Israel,” afirmou Biden, ressaltando a importância do apoio global que Israel tem recebido e como este está em jogo diante das atuais circunstâncias. A fala do presidente americano sublinha uma preocupação com a sustentabilidade da posição internacional de Israel diante de suas ações militares.
Ademais, Biden expressou sua expectativa por um cessar-fogo no conflito para a próxima segunda-feira, uma esperança baseada nas conversas com seu assessor de segurança nacional. “Meu assessor em segurança nacional me diz que estamos perto, ainda não estamos lá. Minha expectativa é de que tenhamos um cessar-fogo a partir da próxima segunda-feira,” declarou o presidente, indicando um possível avanço diplomático nos esforços para acalmar a situação.
Em paralelo, Antony Blinken, secretário-geral dos EUA, durante uma visita ao Brasil, comentou sobre o veto americano a uma resolução sobre Gaza na ONU, explicando que um cessar-fogo, por si só, não seria suficiente para resolver a guerra. “Essa resolução não resultaria por si só num cessar-fogo. A questão é: qual a forma mais efetiva de avançar [numa solução]? Uma forma de que os reféns [israelenses sequestrados pelo Hamas] sejam liberados, que uma pausa humanitária seja estendida e que, mais importante, que leve ao fim do conflito,” detalhou Blinken.