A Justiça de Araçatuba proferiu pronúncia acatando denúncia do Ministério Público determinando que o réu Aqueharu Yamaguchi Júnior, 35 anos, seja julgado pelo Tribunal do Júri, em data ainda não definida. Ele é acusado de, no dia 8 de outubro de 2020, matar a mãe a martelada no bairro Nova York, em Araçatuba, assim que ela chegou com um lanche que havia comprado para ele.
A Justiça acatou denúncia do Ministério Público, que acusa o réu por homicídio qualificado (por motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima), além de feminicídio. A vítima, Alziro Pinto da Silva, tinha 74 anos. Ela era mãe do ex-vereador Cláudio Henrique da Silva, o professor Cláudio.
Na época o crime teve bastante repercussão pela brutalidade. Alzira havia saído e assim que chegou, levando um lanche para o filho, foi atacada pelas costas com dois golpes de martelo. Ela caiu e pediu para que o filho parasse com a agressões, mas ele continuou com a sequência de marteladas na cabeça da vítima.
O homem pegou R$ 100 da carteira da mãe e fugiu com o carro dela, sendo preso no dia seguinte pela Polícia Militar no conjunto habitacional Atlântico, A reportagem do RP10 acompanhou a prisão do autor. Assista aqui.
O crime
Conforme denúncia do Ministério Público, o acusado morava com a mãe e havia retornado do Japão há cinco meses. Pelo fato de ser dependente químico, se desentendia constantemente com a mãe.
A morte teria sido uma forma de se vingar da mãe, porque dias antes, ele passou a noite em um bar com amigos, A mãe descobriu e foi buscá-lo, e teria o agredido com um pedaço de pau.
Um dos amigos filmou a ação da idosa e divulgou o vídeo nas redes sociais, o que teria gerado constrangimento a Aqueharo, que decidiu matar a mãe por causa disso.
No dia do crime, a idosa chegou em casa com um lanche para dar ao filho. Ela se virou e foi para o quarto trocar de roupas, no momento em que foi atacada. Ela caiu no chão e pediu para que o filho parasse com as agressões, mas ele a segurou pelo pescoço e deu mais 23 marteladas.
Como a ainda há prazo para a defesa recorrer da pronúncia, não foi definida data do julgamento.