A Polícia Federal (PF) refutou as alegações do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) de ter sido acordado com um fuzil apontado para o rosto durante uma operação de busca e apreensão. A afirmação de Jordy veio à tona no contexto da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, que visa desmantelar um esquema responsável por planejar e incitar atos antidemocráticos que culminaram na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.
A PF esclareceu que a abordagem não ocorreu como descrito pelo deputado. “Não houve essa situação, ninguém apontou arma para ele”, afirmou a corporação, assegurando que a ação seguiu o protocolo da PF, sem a necessidade de uso da força para entrar na casa do parlamentar no Rio de Janeiro.
Carlos Jordy está sendo investigado por suspeita de incitar bolsonaristas no Rio de Janeiro, especialmente na véspera do dia 8 de janeiro de 2023, quando ocorreram invasões e depredações nas sedes dos Três Poderes. Ele foi um dos alvos dos dez mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com foco em identificar os responsáveis por planejar e financiar os atos antidemocráticos.
A operação também investiga membros da “Associação Brasileira de Patriotas”, um grupo extremista com ligações ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A suspeita é que Jordy tinha um papel de liderança nos bloqueios de rodovias, conforme indicam as investigações.
As buscas no edifício-sede da Câmara dos Deputados, em Brasília, incluíram o gabinete de Jordy, realizadas com a colaboração da Secretaria-Geral da Câmara, que forneceu as chaves, evitando a necessidade de abertura forçada.