O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proferiu um discurso polêmico no Congresso Nacional, durante o ato que marcou um ano dos ataques de 8 de janeiro, defendendo a integridade do processo eleitoral brasileiro. Suas palavras foram uma resposta direta às frequentes alegações de fraude nas urnas eletrônicas feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.
Lula relembrou seu extenso histórico em eleições no Brasil, enfatizando suas participações desde 1989: “Não tem ninguém que disputou tanta eleição como eu, nem tão pouco que perdeu tantas como eu, nem tão pouco quem ganhou tantas como eu”, afirmou. Ele destacou suas vitórias eleitorais, todas obtidas através do voto eletrônico, um sistema que tem sido alvo de críticas sem provas por parte de opositores.
O presidente questionou as críticas ao sistema eleitoral brasileiro, especificamente direcionando suas palavras à família Bolsonaro. Sem citar nominalmente, Lula fez referência aos três filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro que ocupam cargos eletivos: Flávio Bolsonaro (senador pelo PL-RJ), Eduardo Bolsonaro (deputado federal pelo PL-SP) e Carlos Bolsonaro (vereador pelo Republicanos-RJ), indagando: “Por que não renunciam em protesto às urnas fraudulentas?”
O discurso de Lula foi recebido com aplausos de pé por autoridades presentes, entre elas, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, demonstrando um claro apoio às suas palavras e à defesa da democracia brasileira.
envolvidos serão responsabilizados
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu nesta segunda-feira (8) que todos os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 serão responsabilizados.
Moraes participou do ato em defesa da democracia, no Congresso Nacional. Além do ministro, o evento também contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), entre outras autoridades.
No discurso, Moraes, que é relator das investigações do 8 de janeiro no STF, avaliou que, 1 ano após os ataques, a “democracia venceu, o Estado constitucional prevaleceu”. O ministro prometeu ainda a punição dos vândalos.
“Todos, absolutamente todos aqueles que pactuaram covardemente com a quebra da democracia e a tentativa de instalação de um Estado de exceção serão devidamente investigados, processados e responsabilizados na medida de suas culpabilidades”, garantiu.