A região de Araçatuba foi a que mais registrou casos de leishmaniose visceral em humanos no ano de 2023, com um total de 21 pacientes infectados e 4 mortes. Os dados correspondem aos 40 municípios da área de abrangência do DRS II (Departamento Regional de Saúde).
Os números da região de Araçatuba equivalem, respectivamente, a 35,5% dos casos da doença registrados em todo o Estado, e a 50% dos óbitos ocorridos no território paulista pela infecção, no ano passado. Em todo o Estado, foram 59 pacientes com leishmaniose e 8 óbitos no ano passado.
Das 4 mortes ocorridas pela leishmaniose na região do DRS II, 2 foram em Araçatuba; 1 em Alto Alegre e 1 em Buritama. A doença é considerada endêmica no Oeste Paulista, desde o primeiro relato da doença, no ano de 1999, em Araçatuba.
A leishmaniose é transmitida pelo mosquito-palha, que se contamina picando um cão doente, podendo retransmitir para outro cão e seres humanos.
Para evitar a contaminação, deve-se manter o quintal livre de material orgânico, como folhas, fezes, frutos, vasos com cascas de legumes e frutas (compostagem malfeita), que são os ambientes propícios para o transmissor da doença.
Sintomas
A doença afeta os órgãos das vísceras, como o baço e o fígado, além da medula óssea, por isso é chamada de leishmaniose visceral.
Nos humanos, os sintomas incluem febre, tosse, dor abdominal, anemia, perda de peso, diarreia, fraqueza, aumento do fígado e do baço, sangramento das mucosas, além de inchaço nos linfonodos. Se os sintomas não são tratados, a doença pode evoluir e causar o óbito dos pacientes.
Números da leishmaniose visceral em humanos em 2023
Estado de SP: 59 casos – 8 mortes
DRS II (Região de Araçatuba): 21 casos – 4 mortes (2 em Araçatuba; 1 em Alto Alegre e 1 em Buritama)