A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH), por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), realizou, nessa terça-feira (23), o sorteio de 55 unidades habitacionais em Santo Antônio do Aracanguá (SP), região administrativa de Araçatuba (SP).
A diretora de Atendimento Habitacional da CDHU, Ticiane Costa D’Aiola, e o superintendente de Atendimento Habitacional do Interior, Marcelo Hercolin, estiveram presentes no evento.
O residencial é destinado a famílias de baixa renda que moram ou trabalham no município. A diretora da CDHU, Ticiane Costa D’Aiola, destacou a transparência do processo de seleção.
“Casa no Governo do Estado é para quem não tem casa. As urnas são transparentes e ficaram à disposição de todos. Todos são responsáveis por colocar cada um o seu número dentro da urna. Estamos todos acompanhando o trabalho da CDHU, que é muito técnico”, explicou.
Hugo Rodrigues, de 25 anos, autônomo, é morador da zona rural e comemorou com os amigos quando ouviu o seu nome sendo sorteado. “Estou muito emocionado. Moro em uma chácara com os meus pais. Agora é só felicidade e gratidão”, celebrou.
Roberio Francisco de Carvalho, 37 anos, auxiliar de fábrica, não acreditou quando foi sorteado. “Achei que não era eu. Eu só consegui acreditar quando vi o meu nome no papel. Moro de aluguel e agora vou poder criar minha família e oferecer uma vida melhor para eles. Muita vitória.”
Alex Garcia, de 36 anos, agricultor, contou que nunca ganhou nem em rifa, mas a sorte mudou. “Acabei de ganhar um sonho realizado. Essa casa é para a Sofia e a Ana Maria, minhas filhas. Desejo que a CDHU continue com esse projeto lindo para ajudar quem precisa.”
Mais de 1.100 famílias se inscreveram
Mais de 1.100 famílias se inscreveram. As inscrições para o sorteio foram efetuadas por aplicativo de celular e pelo site da CDHU, entre julho e agosto de 2022. Do total de unidades, quatro são destinadas a famílias com pessoas com deficiência, duas para idosos, uma para idoso acima de 80 anos e duas para indivíduos sozinhos.
As demais serão distribuídas para a população em geral da seguinte forma: 29 para famílias com renda entre 1 e 3 salários mínimos, 11 para renda de 3,01 a 5 salários e 6 para famílias com renda de 5,01 até 10 salários.
Titulares e suplentes
O sorteio definiu os titulares e suplentes para a aquisição das moradias. Antes de assinar o contrato de financiamento habitacional, as famílias sorteadas vão passar por um processo de habilitação, para comprovar o cumprimento dos requisitos exigidos no edital de inscrição do programa habitacional.
O superintendente de Atendimento Habitacional, Marcelo Hercolin, esclareceu aos presentes como isso funciona. “Após o sorteio, a equipe da CDHU, da região administrativa de Araçatuba, vai fazer a análise da documentação do contemplado, uma espécie de ‘pente fino’, para ver se ele se encaixa dentro de todos os critérios.”
Caso não se enquadre nos critérios, o contemplado é desclassificado e o suplente, conforme a ordem do sorteio, é convocado para apresentar a documentação. Este processo garante que o benefício do programa seja concedido apenas para as pessoas que mais necessitam.
Além de morar ou trabalhar em Santo Antônio do Aracanguá há pelo menos cinco anos, o candidato precisa ter renda familiar de um a dez salários mínimos, não ser proprietário de imóvel, não possuir financiamento habitacional e não ter sido atendido anteriormente por programas habitacionais. Idosos devem comprovar idade mínima de 60 anos e indivíduos sozinhos, 30 anos ou mais.
Casas têm 47,87 metros quadrados de área útil
As casas terão dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e lavanderia, distribuídos em 47,87 m2 de área útil. O empreendimento, localizado na Rua Frei Leão e Rua 03, no Jardim Santa Clara, é viabilizado pela CDHU em parceria com a prefeitura, que doou o terreno.
O financiamento dos imóveis segue as diretrizes da Política Habitacional do Estado de São Paulo, que preveem juros zero para famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos. Assim, as famílias pagarão praticamente o mesmo valor ao longo dos 30 anos de contrato, já que o contrato sofrerá apenas a correção monetária calculada pelo IPCA – índice oficial do IBGE.
O valor das parcelas é calculado levando-se em conta a renda das famílias e podem comprometer, no máximo, em até 20% dos rendimentos mensais com as prestações.