O Ministério Público Federal (MPF) entrou com um pedido de cassação do mandato do senador Sergio Moro, representante do União Brasil-PR, por suposto abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral do ano passado. As ações que originaram o pedido foram movidas pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e pela federação composta por PT, PV e PCdoB.
A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná, em um parecer detalhado de 79 páginas, protocolado na noite de quinta-feira (14), se manifestou pela procedência parcial das acusações contra Moro e seu suplente, Luís Felipe Cunha.
O documento sustenta que a responsabilidade dos dois está “solidamente comprovada”. A acusação principal, endossada pelo MPF, é de que Moro teria ultrapassado o limite de gastos eleitorais, desembolsando cerca de R$ 7 milhões, quando o teto legal era de R$ 4,4 milhões.
A defesa do senador Sergio Moro argumenta que o processo tem uma “conotação política” e busca enfraquecer sua posição. O caso aguarda julgamento, que está programado para ocorrer no início de 2024 pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná.