O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, expressou sua gratidão ao presidente Lula pelos recursos financeiros liberados ao estado, através de financiamento de bancos públicos. O agradecimento ocorreu durante um evento no Palácio do Planalto, onde Lula cedeu a palavra a Tarcísio, permitindo-lhe falar antes.
Tarcísio destacou a importância dos recursos para a realização de projetos vitais em São Paulo, como o trem Sorocaba-São Paulo e a extensão da linha 2-Verde do metrô até Guarulhos. Ele brincou sobre ser escolhido para falar primeiro, pois São Paulo “está levando o maior cheque”.
“De fato a gente fica muito satisfeito de ver esses projetos viabilizados. O PAC é um instrumento para isso. Projetos importantes, para todos os estados aqui presentes. (…) Projetos que vão movimentar o comércio, a indústria, e gerar empregos”, disse.
São Paulo recebeu um financiamento significativo de R$ 10 bilhões, destinado a melhorar a mobilidade urbana no estado, incluindo a implantação de um trem de média velocidade ligando a capital a Campinas. “Resta aqui, por dever e justiça, fazer nosso agradecimento a essa liberação. E tenho certeza que sonhos e esperanças estão sendo viabilizados a partir dessas operações de crédito”, completou o governador paulista.
Em sua fala, Lula ressaltou a importância do Pacto Federativo e do diálogo entre o governo federal e os estados, independente da filiação partidária dos governantes. “O Pacto Federativo quase foi destruído no nosso país. Eu nunca compreendi querer governar sem conversar com aqueles que junto com você tem responsabilidade de dirigir esse país. (…) Eu não quero saber de que partido é o Tarcisio, o Helder Barbalho. Eles são governadores eleitos, pelo mesmo povo que votou em mim. Os prefeitos idem. Vamos tratar todo mundo com muito respeito, muita cidadania”, disse.
“Tem [empréstimo] porque eu sou presidente e decidi que o BNDES é parte preponderante no investimento do desenvolvimento deste país, na execução do PAC. É para isso que existem bancos públicos, para fazer aquilo que muitas vezes a iniciativa privada não quer fazer”, continuou.
“A orientação é essa: se prefeitos e governadores tiverem as contas em dia, eles têm direito de ir ao banco e pedir um financiamento, e o banco financiar. Isso é uma coisa muito sagrada para mim”, completou o presidente.
A nível nacional, operações de crédito totalizaram R$ 32,1 bilhões em 16 estados e R$ 24,3 bilhões em 805 municípios. Bancos como o BNDES, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil aprovaram operações em vários estados, abrangendo áreas como saneamento, mobilidade, infraestrutura urbana e transportes.