Rogério Saladino, de 56 anos, empresário e Caçador, Atirador e Colecionador de armas (CAC), matou a tiros a policial civil Milene Bagalho Estevam, de 39 anos, após confundi-la com uma assaltante. Em resposta, um colega policial de Milene revidou, resultando na morte de Saladino e de seu funcionário e vigilante, Alex James Gomes Mury, de 49 anos.
De acordo com a Polícia Civil, o empresário e o vigilante confundiram Milene e seu colega, ambos investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com ladrões. Os policiais, que estavam em um carro descaracterizado do Deic, mas usavam distintivos da Polícia Civil, buscavam pistas de um furto ocorrido na área. Eles se identificaram como investigadores e pediram imagens de câmeras de segurança aos moradores locais, incluindo o vigilante Alex.
Rogério, ao ser informado da presença dos agentes, desconfiou que não fossem policiais e disparou tiros de advertência para o alto. Em seguida, ele abriu o portão da mansão e atirou em Milene, que não teve tempo de reagir.
A situação se agravou quando Alex, o vigilante, tentou usar uma das armas do patrão para atirar nos agentes, sendo também baleado pelo policial civil. Tanto o patrão quanto o funcionário não resistiram aos ferimentos e faleceram. O policial civil não teve ferimentos.
O caso, agora sob investigação da Polícia Civil revelou que uma das armas de Saladino, uma pistola calibre .45, estava irregular, enquanto a outra, uma .380, estava legalizada. Conforme as normas para CACs, Saladino não deveria ter utilizado a arma de colecionador para atirar. Também foram localizadas pequenas quantidades de drogas na casa.