Javier Milei, recém-empossado presidente da Argentina, assinou seu primeiro decreto reduzindo significativamente o número de ministérios do país. A decisão de diminuir de 18 para 9 ministérios reflete um dos principais objetivos de sua gestão: cortar gastos públicos e lidar com o déficit fiscal.
O governo terá as seguintes pastas:
- Ministério de Interior;
- Ministério de Relações Exteriores;
- Ministério de Comercio Internacional e Culto;
- Ministério da Defesa;
- Ministério da Economia;
- Ministério de Infraestrutura;
- Ministério da Justiça;
- Ministério de Segurança;
- Ministério da Saúde e Capital Humano.
Durante seu discurso de posse neste domingo (10), Milei enfatizou a importância desta medida. “Não existe solução sem atacar o déficit fiscal”, declarou, destacando que o ajuste necessário incidirá sobre o setor público, não sobre o setor privado. Ele também alertou para a possibilidade de a situação econômica se deteriorar no curto prazo antes que as medidas adotadas comecem a surtir efeito.
O presidente argentino admitiu a gravidade da situação econômica, com a famosa frase “no hay plata” (não há dinheiro), e previu que haverá estagflação, mas ressaltou que esta seria uma fase diferente daquela vivida pelo país nos últimos 12 anos. “Será o último gole amargo para começar a reconstruir a Argentina”, afirmou Milei.
Em um ato fora do comum, Milei fez seu discurso nas escadarias do Congresso, em vez de dentro do parlamento, diante de seus eleitores. Ele afirmou que sua eleição marca “o fim da noite populista e o renascer da Argentina próspera e liberal”.
Entre as autoridades que participaram da cerimônia estavam o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O Brasil foi representado pelo chanceler Mauro Vieira, enviado pelo presidente Lula, que não compareceu à posse.