Os vereadores Arlindo Araújo (MDB) e Lucas Zanatta (PL) se manifestaram publicamente contra o projeto de resolução número 22, que prevê aumento de 50,7% nos salários dos parlamentares araçatubenses. A matéria será votada na última sessão ordinária do ano, nesta segunda-feira (11) e, se aprovada, irá elevar de R$ 6,5 mil para R$ 9,8 mil os vencimentos dos vereadores. Os novos valores deverão valer a partir da próxima legislatura, que se inicia em 1º de janeiro de 2025.
O primeiro a se manifestar foi Arlindo Araújo, que se posicionou no plenário da Câmara, logo após a leitura do projeto, na última sessão, realizada na última segunda (4). Na ocasião, a proposta foi aprovada como objeto de deliberação, para que pudesse tramitar na Casa.
“Quem acompanha a sessão, colegas vereadores, viram que foi lido um projeto que prevê alteração nos salários dos vereadores da próxima legislatura, para nove mil e qualquer coisa. Esse projeto, pelo jeito, vai ser votado na semana que vem, é isso? Então, eu já quero informar que me manifesto contrário a este projeto, por convicções pessoais. E como eu sei que vai haver um debate na sociedade em relação a isso, já deixo antecipadamente registrado aqui que sou contrário a esse projeto”, declarou Arlindo Araújo, que está em seu oitavo mandato de vereador.
O vídeo gravado durante a sessão com as falas de Araújo foi postado nas redes sociais e recebeu manifestação de vários internautas, também contrários ao aumento.
Zanatta também se posicionou publicamente contrário à elevação dos salários. Ele foi às suas redes sociais, onde publicou um vídeo e pediu para a população acompanhar a sessão da próxima segunda-feira. “É importante para ouvir os vereadores que são favoráveis e seus fundamentos”, afirmou.
O vereador do PL, que exerce seu segundo mandato na Câmara, comparou ao reajuste salarial dos servidores à proposta de 50% de aumento dos vencimentos dos vereadores.
“Eu queria, agora, declarar publicamente o meu voto segunda-feira em relação ao aumento dos salários dos vereadores. Eu sou contra, vou votar contra, porque eu não tenho como justificar um aumento de 50%. Não tenho como explicar, como justificar, como fundamentar. O ano em que os servidores tiveram uma correção de 6%, eu não consigo justificar 50% para os vereadores, pontuou.
Ele também citou o recente aumento nos salários dos assessores da Câmara. Em outubro deste ano, o Legislativo aprovou projeto que autoriza o pagamento de R$ 6.673,77, além dos salários, para assessores e ocupantes de cargos comissionados.
A iniciativa foi uma forma encontrada de “compensar” os assessores parlamentares e demais cargos comissionados que não poderão mais receber as chamadas gratificações de 50% sobre os salários, pois foram consideradas inconstitucionais pela Justiça.