A Justiça Federal condenou nove homens pelos ataques a agências bancárias de Araçatuba (SP), que deixaram três mortos e um prejuízo de R$ 17 milhões, ocorridos em 29 e 30 de agosto de 2021. Juntas, as penas ultrapassam 470 anos de prisão em regime fechado, segundo o g1.
Conforme decisão da 1ª Vara Federal de Araçatuba, dos 18 réus, nove foram condenados a penas de 40 a 65 anos de prisão por integrar organização criminosa, latrocínio consumado e tentado, roubo majorado pelo concurso de pessoas, restrição da liberdade das vítimas, emprego de arma de fogo e explosão de obstáculos, incêndio e acionamento de explosivos.
Outros nove réus foram absolvidos por insuficiência de provas. As sentenças foram publicadas nesta terça-feira (5), pelo juiz federal Fabio Luparelli Magajewski. Os réus podem recorrer das decisões.
Na noite do dia 29 de agosto de 2021, membros da organização criminosa, fortemente armados, entraram em Araçatuba em veículos blindados e fizeram ataques simultâneos a agências bancárias e às sedes do Batalhão de Ações Especiais da Polícia (BAEP) e do Comando de Policiamento do Interior (CPI-10).
Veículos na região central e nas rodovias de acesso à cidade foram incendiados, para impedir o deslocamento da equipe policial. Próximo à Praça Rui Barbosa, onde estão situadas as agências roubadas, os assaltantes fizeram reféns e “armaram” explosivos.
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Após o ataque, o centro da cidade permaneceu isolado durante dois dias, até que os explosivos fossem desarmados. Três pessoas morreram, sendo dois moradores e um criminoso. Outras cinco também ficaram feridas, entre elas, um ciclista que teve os pés amputados após ser atingido por um explosivo.
A investigação policial identificou os suspeitos a partir de materiais genéticos coletados em vestígios do crime, quebras de sigilo de dados telefônicos e perícias sobre aparelhos eletrônicos.
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A instrução do processo judicial foi realizada em 15 audiências para oitiva de 33 testemunhas e 20 interrogatórios.
Penas
- Willian Brito dos Santos: 65 anos e 8 meses de prisão em regime fechado e 501 dias-multa;
- Rogerio Oliveira Rodrigues: 65 anos e 8 meses de prisão em regime fechado e 501 dias-multa;
- Cristiano de Moraes Vieira: 65 anos e 8 meses de prisão em regime fechado e 501 dias-multa;
- Jairo Nogueira: 40 anos e 3 meses de prisão em regime fechado e 362 dias-multa;
- Welton Marinho da Silva: 65 anos e 8 meses de prisão em regime fechado e 501 dias-multa;
- Renato Jorge Vianna: 7 anos e 2 meses de prisão em regime fechado e 433 dias-multa;
- Ademir Luiz Rondon, que é ex-militar do Exército: 65 anos e 8 meses de prisão em regime fechado e 501 dias-multa;
- Carlos Eduardo Rocha Dias: 47 anos e 2 meses de prisão em regime fechado e 433 dias-multa;
- Guilherme Ciarelli dos Santos: 55 anos e 8 meses de prisão em regime fechado e 487 dias-multa.