O estado de São Paulo enfrentou na última sexta-feira (3) uma das piores tempestades dos últimos tempos, com um saldo trágico de seis mortes e uma série de estragos que afetaram a rotina de milhões de paulistas. A Defesa Civil confirmou as fatalidades, resultado direto dos severos efeitos climáticos que atingiram diversos municípios, incluindo a capital paulista e suas adjacências.
As vítimas foram apanhadas por situações de risco típicas de grandes tempestades: desabamentos de muros, quedas de árvores e até a queda de uma parede de um prédio em construção. Os municípios de Osasco, Limeira, Santo André, Suzano e São Paulo registraram as perdas humanas, pondo em evidência a ferocidade do clima.
Ventos que em Santos alcançaram a velocidade assustadora de 151 km/h trouxeram consigo uma onda de destruição. O Aeroporto de Congonhas, um dos mais movimentados do país, registrou rajadas de 103 km/h, o que ocasionou a interdição temporária da pista principal devido ao pouso forçado de um avião de pequeno porte e uma subsequente queda de energia no terminal.
Na capital e região metropolitana, a Defesa Civil relatou 120 quedas de árvores, além de enchentes e desabamentos. O caos instaurado pelos fenômenos naturais levou a mais de 2.000 chamadas de emergência em 40 municípios, refletindo a magnitude dos desafios enfrentados pelos serviços de resgate e assistência.
Os sistemas de transporte público foram igualmente afetados. Sete voos precisaram ser desviados do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da ViaMobilidade e três linhas da CPTM sofreram com velocidade reduzida e maiores intervalos, comprometendo a mobilidade urbana. A Rodovia Anchieta viu uma de suas vias bloqueadas após a queda de uma árvore de grande porte, impactando o tráfego em direção ao litoral.
As autoridades colocaram toda a cidade de São Paulo em estado de alerta para alagamentos imediatamente após o início do temporal, aproximadamente às 16h30. A situação, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura, foi desencadeada pela aproximação de uma frente fria que trouxe consigo instabilidades atmosféricas de forte intensidade.
As equipes de emergência, incluindo o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar Rodoviária, continuam a trabalhar incessantemente para atender às ocorrências e mitigar os efeitos do desastre natural. Enquanto isso, a população paulista busca recuperar a normalidade após as horas de tensão e perdas causadas pela tempestade.