Um forte mau cheiro tem incomodado moradores da Zona Leste de Araçatuba (SP), que procuram a reportagem do RP10 para denunciar o fato. O odor insuportável teria começado há cerca de um mês e a suspeita é de que tenha origem no aterro sanitário, localizado no quilômetro 2,50 da Estrada Municipal Barro Preto (ART-450), no Bairro Rural Cafezópolis.
A verdadeira causa do mau cheiro, no entanto, ainda é desconhecida da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que afirma não ter recebido denúncia de munícipes.
O veterinário Welton César Arruda, 38 anos, por exemplo, disse que não pode mais deixar as janelas e portas abertas, porque o mau cheiro invade a sua casa e fica insuportável até para comer.
Ele, que mora na rua São Marcos, no Jardim Sumaré, reclama que é obrigado a manter a sua residência fechada, apesar da forte onda de calor que atinge a cidade nos últimos dias. “Parece cheiro de esterco, de esgoto, e impregna, por isso não dá para deixar a casa aberta”, disse.
Além de Arruda, que mora no Sumaré, a reportagem recebeu queixas de moradores dos bairros Pinheiros, Umuarama, Água Branca, Vicente Grosso e Hilda Mandarino.
O comerciante Itamar da Silva Ferreira, 55 anos, que tem uma lanchonete na rua Buritis, no Pinheiros, afirma que chega a ficar constrangido com os questionamentos dos clientes, que querem saber a origem do fedor. Ele disse que a situação piora no final da tarde e também à noite.
“Outro dia um cliente perguntou se tinha bicho morto por perto. O cheiro é equivalente ao de um chiqueiro”, descreve. “Será que nenhum vereador está sabendo desta situação para cobrar providências?”, questiona.
Outro morador no Pinheiros, o especialista em logística Renato Freitas Santos Machado, 35 anos, também procurou a reportagem para reclamar da situação. Ele disse que o odor equivale ao cheiro de fezes e começa por volta das 18h, se estendendo até as 23h.
“Isso incomoda muito. É insuportável ficar em casa nestas condições. A gente trabalha o dia todo, quer descansar, mas isso acaba atrapalhando, não dá vontade nem de comer”, afirma ele, que mora na rua Luís Pedro Rosseto.
MEIO AMBIENTE
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente disse não ter recebido nenhuma denúncia referente ao assunto, mas após o contato da reportagem, disse que iria providenciar uma vistoria no aterro sanitário.