O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou a convocação das Forças Armadas para operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos e aeroportos de alta relevância no país. Este é um esforço direcionado ao combate do crime organizado, especificamente nos Aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e do Galeão, no Rio de Janeiro, além dos portos de Santos (SP), Itaguaí (RJ) e do próprio Rio de Janeiro.
O mandatário ressaltou, em seu discurso no Palácio do Planalto, a necessidade desse decreto de GLO, que permanecerá em vigor até maio do próximo ano, podendo ser ampliado para outras regiões, conforme a necessidade. “Se for necessário reforçar em mais portos e aeroportos, nós vamos reforçar”, afirmou Lula.
O cenário de violência exacerbada foi um dos pontos reconhecidos pelo presidente, que reforçou o compromisso do governo federal em auxiliar os governos estaduais na luta contra o crime organizado, bem como o tráfico de drogas e armas.
No Rio de Janeiro, uma medida estratégica será a implementação do Comitê Integrado de Investigação Financeira de Recuperação de Ativos (Cifra). Este comitê tem como objetivo principal minar o poder financeiro das organizações criminosas.
A Polícia Federal (PF) terá uma atuação reforçada no estado fluminense. Segundo o presidente, a PF aumentará suas ações de inteligência e realizará operações para a prisão e apreensão de bens pertencentes às quadrilhas e milícias, em especial na cidade do Rio de Janeiro.
Além das regiões já mencionadas, as faixas de fronteira dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná também estarão no radar do governo. Em relação a essas faixas, Lula destacou que não será necessária a GLO. “Na faixa de fronteira, o Exército e a Aeronáutica atuarão em articulação com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal”, elucidou.
Reflexo desse decreto, espera-se um reforço considerável dos efetivos e equipamentos das forças de segurança nos cinco estados citados. Em paralelo, a Marinha também ampliará sua atuação em áreas marítimas específicas, sempre em sintonia com a Polícia Federal.
Finalmente, uma coordenação conjunta entre os Ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Defesa estabelecerá um comitê de acompanhamento. Este comitê será responsável por apresentar um plano de modernização tecnológica, abrangendo a PF, PRF, Polícia Penal Federal, Exército, Marinha e Aeronáutica, otimizando assim sua atuação em portos, aeroportos e fronteiras.