O sindicalista José Avelino Pereira, o Chinelo, 68 anos, assumiu a presidência da Executiva do PDT (Partido Democrático Trabalhista) em Araçatuba. A nominata com os novos membros da sigla local já está registrada na Justiça Eleitoral e tem validade de 13 novembro de 2023 a 13 de maio de 2024.
Chinelo, que presidiu o PSB (Partido Socialista Brasileiro) no município durante quase duas décadas, disse que estava se aposentando com relação à política partidária, mas mudou de ideia, segundo ele, a pedido do Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, ex-presidente nacional do PDT.
Presidente do Sinab (Sindicato Nacional dos Aposentados do Brasil), Chinelo disse que decidiu voltar à cena política também por causa do movimento sindical. Além de sindicalista, ele continua atuando na pecuária e nos serviços, por meio da empresa SEN, especializada em limpeza de prédios públicos e privados.
Até então, o PDT estava nas mãos do aposentado José Aparecido de Lima, 73 anos, mais conhecido como Leitoa, que havia colocado como membros do partido sua esposa, filhos e neto.
PLANOS PARA 2024
Para Araçatuba, os planos do partido são formar uma chapa forte com 16 candidatos a vereadores para conquistar uma cadeira na Câmara local, o que não ocorre há mais de 12 anos.
Em relação aos candidatos a prefeito, Chinelo disse ter iniciado o diálogo com pretensos candidatos e já conversou com o ex-prefeito Cido Sério (PV), Cido Saraiva (MDB) e Filipe Fornari (PP).
Ainda não há definição do partido sobre a Prefeitura, mas o presidente do PDT local descarta, de pronto, qualquer aproximação com pré-candidatos da extrema direita ligados ao bolsonarismo.
“Somos um partido de centro-esquerda. Com bolsonaristas, não vamos”, afirmou. Não está descartada também uma candidatura própria do partido em Araçatuba, segundo Chinelo, que não pretende ser candidato.
Os demais membros da Executiva do PDT local são: Vitor Mauro Botelho (vice-presidente); Dorival dos Santos Júnior (secretário); Carlos Alberto Cassiano (tesoureiro); Alecsander Bertolino Quintana, Armando Marques Dellalatta e Luciana Paula Muniz (membros).
TUDO NOSSO
Chinelo, que foi preso durante a Operação Tudo Nosso, da Polícia Federal, deflagrada em agosto de 2019 para investigar possíveis desvios de recursos da Prefeitura de Araçatuba, por meio de licitações fraudadas, afirmou à reportagem que, até hoje, não encontraram nada contra ele. “Isso vai fazer cinco anos e, até hoje, o que existe é um inquérito policial que não virou processo”, afirmou.
O sindicalista disse, ainda, ter mágoa do prefeito Dilador Borges (PSDB), pela forma como agiu após a operação da PF. “Ele afirmou, na época, que não me conhecia, mesmo tomando do meu uísque, na minha fazenda”, disse. “Hoje, eu é que digo que não conheço nenhum Dilador”, completou Chinelo.