Israel e Hamas chegaram a um acordo para a troca de 50 reféns por prisioneiros palestinos, acompanhada de uma trégua de quatro dias nos combates em Gaza. As negociações secretas, que vinham ocorrendo desde o início da guerra, culminaram neste acordo anunciado na terça-feira (21) pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
A liberação dos reféns, que inclui mulheres e crianças, está programada para começar na quinta-feira (23), segundo informações do governo de Israel. Este acordo também estipula que, para cada dez reféns adicionais libertados, a pausa no conflito poderá ser estendida por mais um dia.
O primeiro-ministro Netanyahu, antes da reunião decisiva, assegurou às autoridades de segurança e ao alto escalão do governo que a ofensiva contra o Hamas será retomada após a libertação dos reféns. “Estamos em guerra e continuaremos a guerra”, afirmou Netanyahu, reiterando o compromisso com os objetivos militares de Israel.
Este acordo representa um raro momento de pausa em um conflito marcado pela intensidade e pela violência. Cerca de 240 pessoas foram sequestradas pelo Hamas em outubro, durante um ataque que atingiu diversas áreas de Israel, incluindo fazendas coletivas e um festival de música ao ar livre.
Autoridades norte-americanas confirmaram a existência das negociações e ressaltaram a importância do cessar-fogo para a liberação dos reféns e para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Com o acordo, espera-se que caminhões com auxílio médico e combustível cheguem a todas as regiões do enclave.
O acordo também inclui disposições específicas para o tráfego aéreo sobre a região de Gaza, com suspensão completa no sul e restrições no norte durante determinados horários. A trégua temporária oferece uma janela para a redução das tensões e o estabelecimento de condições mais favoráveis à paz e estabilidade na região.