Um possível acordo envolvendo Israel, Hamas e os Estados Unidos para a liberação de 50 reféns do grupo extremista, em troca de uma pausa de cinco dias nas ofensivas armadas, foi reportado pelo jornal The Washington Post. Este acordo, porém, é negado por autoridades de Israel e dos Estados Unidos.
Segundo a reportagem, o acordo, resultado de “semanas de negociações” em Doha, prevê a liberação de 50 reféns em 24 horas em troca do congelamento das operações militares. Acredita-se que o Hamas detenha um total de 239 reféns. Além disso, o acordo visa permitir um “aumento significativo” na ajuda humanitária, incluindo combustível, pela fronteira com o Egito.
Entretanto, a veracidade do acordo está sendo contestada. “Não chegamos a um acordo ainda, mas continuamos a trabalhar duro para consegui-lo”, afirmou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, em suas redes sociais.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma entrevista coletiva, declarou que “no momento, não há acordo”, mencionando que “circulam muitos rumores infundados”.
Por outro lado, o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani, em entrevista coletiva, destacou que apenas detalhes faltam para a concretização do pacto.
O porta-voz do Hamas, Muslim Imran, em declaração ao Metrópoles, criticou Israel, afirmando que “Israel é o principal obstáculo a qualquer acordo de troca de prisioneiros”. Segundo Imran, o governo de Netanyahu se recusa a qualquer acordo com o grupo, acreditando que a operação militar na Faixa de Gaza resolverá o conflito.