Na cidade de Blumenau, SC, uma tragédia se desdobrou na tarde da última sexta-feira (3) quando Giovane Ferreira da Silva de Oliveira, um homem de 29 anos em situação de rua, foi morto a facadas em frente a um supermercado no bairro Victor Konder. A polícia relata que o homicídio ocorreu após uma tentativa de Oliveira de vender uma paçoca à filha do acusado.
Testemunhas no local disseram à Polícia Militar, que foi chamada às 17h30 para responder ao incidente, que a discussão teve início após Oliveira oferecer a paçoca à criança. A tensão escalou rapidamente, e resultou no morador de rua sendo esfaqueado cinco vezes pelo pai da menina, um homem de 41 anos, cujo nome foi preservado a pedido da defesa. O suspeito foi detido em flagrante.
No entanto, a defesa do acusado traz à tona uma narrativa divergente. O advogado do acusado argumenta que foi Oliveira quem começou a agressão e que a faca usada no crime pertencia originalmente ao morador de rua. A defesa adiciona que Oliveira, conhecido na região por enfrentar problemas com drogas e ter histórico policial, teria se aproximado de forma agressiva e feito ameaças, levando ao desentendimento fatal.
Conforme relatado pela defesa, após a recusa inicial e a saída do pai e da filha para o interior do mercado, Oliveira teria se tornado ainda mais incisivo, chegando a filmar a criança e a chutar um carrinho de bebê. Uma luta corporal seguiu, na qual o pai conseguiu desarmar Oliveira e, em um ato de defesa conforme alegado pelo advogado, desferiu os golpes fatais.
Diante da gravidade do caso e da comoção pública, a prisão do acusado foi convertida em preventiva pela Justiça catarinense. A defesa planeja recorrer à decisão, buscando demonstrar na justiça a “verdadeira dinâmica dos eventos”.
Enquanto isso, a Polícia Civil de Santa Catarina continua a investigar o caso, procurando esclarecer as circunstâncias que levaram à morte de Oliveira e se a ação do pai se configurou como defesa legítima.