Um casal preso por tráfico de drogas pela Polícia Militar no bairro São José, em Araçatuba (SP), ganhou a liberdade provisória na audiência de custódia realizada na Justiça. Os indiciados foram representados pelos advogados criminalistas Flávio Batistella e Daniel Madeira, de Araçatuba.
A prisão do casal ocorreu na noite de quinta-feira (2) na avenida Água Funda. Durante patrulhamento, policiais militares viram um rapaz se aproximar com dinheiro na mão de uma casa já conhecida nos meios policiais como ponto de venda de entorpecentes. O rapaz foi abordado com R$ 19. Em seguida, o morador da casa saiu para a rua e também foi abordado pelos policiais.
O primeiro rapaz disse que estava indo naquele local para comprar drogas. Os PMs pediram para revistar o imóvel e acharam duas pedras de crack em um sofá que fica no quintal. A companheira do morador estava dentro da casa, deitada no chão. Ao lado dela, os policiais acharam uma bolsinha com mais 23 pedras de crack e dinheiro.
Conforme boletim de ocorrência, o casal teria admitido que vendia drogas naquele local para sustentar o vício. Os policiais também apreenderam um par de tênis novo, ainda dentro da caixa que havia sido trocado por entorpecente. O casal foi apresentado no plantão policial de Araçatuba onde foi autuado em flagrante. A audiência de custódia ocorreu no dia seguinte. Após a decisão da Justiça, ambos foram liberados para responder ao inquérito policial em liberdade.
Absolvido pela Justiça
O homem em questão, ex-morador de rua, foi absolvido pela Justiça em outubro desse ano de uma outra acusação de tráfico de drogas. Ele ficou conhecido por ter denunciado um espancamento sofrido por um policial militar em maio de 2022 no Bairro São José.
Segundo a acusação, no dia 8 de agosto de 2022, na avenida Água Funda, policiais militares teriam abordado o réu em um canteiro central onde o mesmo residia. Segundo os policiais, o acusado seria o proprietário de 180 (cento e oitenta) pedras de crack.
O acusado ao ser preso em flagrante declarou que antes da prisão foi abordado pelos agentes que perceberam que estava machucado devido à agressões sofridas anteriormente por outro policial, inclusive teria sido questionado se ele era o responsável pela denúncia junto à Corregedoria da PM. Ele desde o início sempre negou a propriedade do entorpecente.
Não havia nenhuma testemunha, apenas a palavra dos policiais, na audiência os policiais ainda declararam que nunca tinham abordado o réu anteriormente, não o conheciam e não tinham conhecimento de qualquer envolvimento com o tráfico de drogas, portanto, a Justiça entendeu existir dúvida razoável e decidiu pela absolvição do acusado. Na ocasião, a defesa também foi patrocinada pelos advogados criminalistas Flávio Batistella e Daniel Madeira.