Um marco alarmante foi atingido em 2023, conforme confirmado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU. Este ano é oficialmente o mais quente já registrado desde o início dos registros climáticos globais.
O relatório divulgado nesta quinta-feira (30/11), mostra que até o final de outubro, as temperaturas globais estavam aproximadamente 1,40 ºC acima da média da era pré-industrial (1850-1900). Esse aumento supera os recordes estabelecidos anteriormente em 2020 e 2016, destacando uma tendência preocupante de aquecimento contínuo.
Segundo o relatório, a diferença é tão significativa que os dois últimos meses do ano não deverão alterar o status de 2023 como o ano mais quente. Esta constatação ocorre às vésperas da Conferência da ONU sobre o Clima (COP28), ampliando a urgência de discussões e ações climáticas.
António Guterres, Secretário-Geral da ONU, expressou profunda preocupação com esses resultados, afirmando que estamos “em sérios apuros”. O ano de 2023 também marcou um acontecimento sem precedentes: pela primeira vez, foi registrado um dia com a temperatura média global 2°C acima dos níveis da era pré-industrial.
Outro registro significativo foi o do mês de outubro, que se tornou o mês mais quente já registrado, de acordo com o observatório europeu Copernicus. E as projeções apontam para um futuro ainda mais quente, com expectativas de que 2024 possa superar as temperaturas deste ano.