A Santa Casa de Araçatuba vai receber R$ 6.285.688,01 do governo federal para os serviços de tratamento de câncer. O recurso faz parte do montante de R$ 306,4 milhões que serão liberados pelo Ministério da Saúde para 41 municípios paulistas, exclusivamente para a área de oncologia. O investimento foi confirmado por meio de Portaria publicada nesta sexta-feira (6) no Diário Oficial da União.
O valor será incorporado ao limite financeira de Média e Alta Complexidade do Estado de São Paulo e dos municípios. “Esta é uma maneira de dar maior suporte ao estado, além de agilizar e aprimorar os serviços de tratamentos oncológicos, inclusive, em hospitais filantrópicos”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
O Fundo Nacional de Saúde deverá adotar as medidas necessárias para a transferência, regular e automática, do montante em parcelas mensais. O processo de pagamento será autorizado pela Secretaria de Atenção Especializada à Saúde.
O valor vem em boa hora para a Santa Casa de Araçatuba, que registrou um aumento superior a 100% no número de pacientes com câncer, conforme matéria publicada pelo RP10, em janeiro deste ano.
Casos de câncer dobram na Santa Casa de Araçatuba; entenda por quê (rp10.com.br)
Apesar do aumento no número de pacientes, que passou dos 400 para os 800 por mês, o teto financeiro do Centro de Tratamento Oncológico (CTO) do hospital se manteve em R$ 260 mil por mês, enquanto os gastos quase triplicaram, chegando aos R$ 600 mil mensais.
A diferença vinha sendo absorvida pelo hospital, que passa por grave crise financeira, assim como a maioria dos hospitais filantrópicos do País.
Dentre os pacientes em tratamento, as três maiores incidências são de câncer de mama, cabeça e pescoço e de próstata. Já entre o público infantojuvenil, a maior incidência é de leucemia entre os pacientes atendidos no CTO (Centro de Tratamento Oncológico) da Santa Casa.
Em todos esses casos, aproximadamente 90% dos pacientes precisam passar por quimioterapia, um tratamento que, dependendo do quadro clínico do paciente, pode ter indicação médica de até 12 ciclos que podem durar várias semanas.