Você sabia que a síndrome de Burnout tem sido apontada pelas pesquisas como a principal causa de afastamento de professores em vários níveis de ensino? Profissionais da área da educação tem muitos motivos para desenvolver o Burnout, desde as questões organizacionais a que são submetidos, como as diretrizes para o ensino, burocracias, o relacionamento com diretores, coordenadores e outros colegas, os trabalhos extraclasse; até o manejo com os alunos que se encontram cada dia mais desafiadores.
O trabalho docente acarreta uma carga emocional muito grande, devido a sua função na sociedade, a vontade dos profissionais de mudar a realidade dos alunos através da educação e transformar o mundo com recursos por vezes limitados. A vulnerabilidade ao adoecimento varia de pessoa para pessoa e depende de fatores internos e externos.
A expressão Burnout indica aquilo que deixou de funcionar devido à “exaustão de energia, esgotamento físico, psíquico e emocional”, consequência de um trabalho com altos níveis de estresse e carga tensional.
O burnout é um estado de estresse ocupacional que se tornou crônico, mas que deriva de uma experiência subjetiva em que o professor é tomado por um adoecimento que prejudica sua vida pessoal, social, profissional e afetiva.
A sobrecarga de trabalho, as cobranças da escola e das famílias, bem como a auto exigência dos próprios professores em relação ao seu trabalho, são pontos centrais nos quadros de depressão, ansiedade e Burnout.
O estresse se torna uma questão de saúde mental quando o sujeito passa a apresentar alguns sintomas, como humor triste, falta de apetite, hipertensão arterial, insônia, desânimo e fadiga. A ansiedade se torna disfuncional quando começa a atrapalhar a produtividade e a trazer sofrimento importante.
Quando os sintomas emocionais não são tratados, o corpo acaba reagindo com taquicardia, falta de ar, sudorese, tremores, sensação de tontura, insônia, desequilíbrio gastrointestinal, dores de cabeça, dores no corpo, etc.
Professor, você tem uma Saúde Mental e ela é da sua responsabilidade e requer cuidados contínuos. Dê à sua Saúde Mental o devido cuidado. Tenha cuidado de si.
Setembro Amarelo: de Setembro a Setembro.
(*) Eliane Cabral é psicóloga clínica, psicanalista e especialista em prevenção e pósvenção em suicídio