Na madrugada deste sábado (21), a Polícia Civil de São Paulo localizou nove metralhadoras pertencentes ao Exército Brasileiro que haviam sido subtraídas do Comando Militar do Sudeste, situado em Barueri. O achado ocorreu em São Roque, especificamente na estrada municipal Emil Scaff.
Ao chegarem ao local indicado pelas investigações, os oficiais foram surpreendidos. Dois homens abriram fogo contra a equipe, conseguindo, em seguida, evadir-se por uma região de mata fechada. Felizmente, os disparos alcançaram apenas a viatura, não resultando em ferimentos entre os policiais.
O mapeamento de atividades suspeitas e a vigilância de indivíduos ligados a organizações criminosas conduziram a este resultado. Investigações anteriores apontaram que tais armamentos seriam posteriormente repassados a outros integrantes do mundo do crime.
O Comando Militar do Sudeste prontamente confirmou a proveniência das armas. No total, foram cinco metralhadoras de calibre .50 (antiáreas) e quatro de calibre 7,62. Com essa operação, das 21 metralhadoras que inicialmente desapareceram, 17 já foram recuperadas e restituídas.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, enfatizou a importância deste feito policial. Ele ressaltou a capacidade destrutiva das armas em questão, apontando que o calibre 7.62 pode, por exemplo, perfurar um veículo blindado, enquanto o .50 é um armamento antiaéreo de uso restrito às Forças Armadas. “Foi extremamente positiva a ação da polícia para recuperar as metralhadoras porque o prejuízo poderia ser catastrófico, não só para os policiais, mas para a própria sociedade”, declarou.
Sobre a origem do furto, a linha de investigação mais sólida indica a participação de militares. O extravio, segundo informações, possivelmente ocorreu entre os dias 5 e 8 de setembro. Como consequência, todos os protocolos e processos da Organização Militar estão sob revisão. Militares envolvidos no descuido ou desvio das armas enfrentarão consequências disciplinares e administrativas, com militares temporários correndo o risco de expulsão.
No mesmo contexto, é relevante mencionar que, na mesma semana, a Polícia Civil do Rio de Janeiro localizou outras oito metralhadoras, sendo metade delas de calibre .50 e a outra metade de calibre 7,62.