O sargento Claudio Henrique Frare Gouveia, de 53 anos, que matou com tiros de fuzil dois policiais militares da 3ª Companhia da Polícia Militar de Salto, no interior de São Paulo foi condenado a 45 anos de prisão em regime fechado por duplo homicídio, sem direito a recorrer em liberdade. Gouveia morou e trabalhou em Araçatuba (SP) durante vários anos.
Gouveia entrou armado em uma companhia da PM em maio e disparou contra outros dois PMs. Na ocasião, ele disse que iria fazer um treinamento, segundo o registro da ocorrência feito pela PM. O sargento participou do julgamento e depôs por videoconferência. Ele está detido no presídio militar Romão Gomes.
A defesa do policial diz que condenação é “manifestamente contrária às provas dos autos”. O advogado Rogério Augusto Dini Duarte afirmou que vai entrar com recurso contra a decisão.
De acordo com o UOL, na época do crime, advogado disse que Gouveia havia reclamado de escala de serviço. Segundo Duarte, ele havia sido incluído na escala da esposa, que também é policial e trabalha na mesma unidade do marido trabalhava. O problema é que o casal se revezava para cuidar de três filhos pequenos, disse a defesa.
Os alvos do ataque foram o capitão Josias Justi da Conceição Júnior, comandante da unidade, e o sargento Roberto Aparecido da Silva, que estava na sala no momento dos tiros.
O sargento Gouveia trabalhava há 32 anos na corporação. Paranaense, se mudou com a família para Araçatuba (SP) quando ainda era jovem, e atuava há mais de dez anos na unidade de Salto.