Em uma recente declaração televisionada, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que o país está em estágios preparatórios para uma possível invasão terrestre de Gaza. Entretanto, o líder israelense optou por não revelar detalhes específicos sobre o momento ou outros pormenores da operação.
A definição sobre o início desta ação militar está nas mãos do gabinete especial de guerra do governo de Israel. Vale ressaltar que este gabinete também tem a participação do líder de um dos partidos de centro da oposição.
Netanyahu, reforçando a posição de Israel, destacou: “Já matamos milhares de terroristas e isto é apenas o começo”. Ele reiterou que, apesar de os preparativos estarem em andamento, não comentará publicamente os detalhes desta operação militar, por entender que muitos dos cálculos realizados não são do conhecimento público e devem ser mantidos em reserva.
Em relação aos recentes acontecimentos na região, a Faixa de Gaza, que é densamente povoada, vem enfrentando intensos bombardeios por parte de Israel. Esta ofensiva é uma resposta direta ao ataque realizado pelo Hamas em 7 de outubro, que vitimou cerca de 1,4 mil israelenses. Por outro lado, os contra-ataques promovidos por Israel causaram, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, mais de 6,5 mil mortes entre os palestinos.
Apesar da pressão internacional e dos questionamentos sobre possíveis falhas de segurança, Netanyahu garante que todos os envolvidos no ataque do Hamas serão responsabilizados. Ele ainda assegura que será instaurada uma investigação minuciosa, porém, somente após o término dos confrontos.
Mensagens de escalonamento do conflito também vêm de fora. O Wall Street Journal, com base em informações de fontes dos EUA e de Israel, destacou que Israel aceitou postergar temporariamente a invasão terrestre. A razão? Permitir que os EUA enviem defesas antimísseis para a região. Adicionalmente, segundo a Reuters, os Estados Unidos estão aconselhando Israel a adiar a invasão e têm mantido o Catar a par das negociações, dado o papel mediador deste país junto aos militantes palestinos.