Um comerciante que está sendo acusado de ameaçar e agredir o dono de um imóvel que alugou há dois meses, e que não estaria pagando o aluguel, procurou a reportagem do RP10 para dar sua versão em relação ao caso. Na semana passada ele foi citado em reportagem com base no boletim de ocorrência registrado pelo dono do imóvel.
O homem diz que investiu R$ 100 mil no imóvel e o combinado era descontar o valor nos alugueis. O proprietário, um homem de 51 anos, procurou a polícia dizendo que foi agredido e ameaçado de morte após questionar este inquilino sobre o segundo mês de inadimplência referente ao imóvel locado cujo contrato também não foi assinado pelo autor. O caso aconteceu no bairro Santana, em Araçatuba.
De acordo com o boletim de ocorrência, o dono do imóvel, localizado na rua Antônio Freitas de Menezes, disse que apenas perguntou ao inquilino sobre o atraso do segundo mês de aluguel, no momento em que levou um soco que provocou uma lesão em sua boca.
O homem ainda disse que além de não estar pagando o aluguel, o inquilino, desde que entrou na casa, se recusa a assinar o contrato e também se nega a desocupar o imóvel. Após a agressão, o autor ainda teria dito que irá matar a vítima a vítima e encher a cara dele de tiros.
Outro lado
O comerciante disse que na realidade ele está sendo vítima do dono do imóvel. Segundo ele, ambos combinaram o valor do aluguel em R$ 1 mil. O prédio, que fica na rua Antônio Freitas de Menezes, foi alugado para abrigar um depósito de bebidas com o conceito sportbar.
Segundo ele, o prédio estava deteriorado, e ficou combinado que ele poderia fazer as melhorias, as quais seriam descontadas em isenções de aluguel. Deixar o imóvel em boas condições, ele diz ter investido R$ 100 mil, e está com todas as notas fiscais.
O combinado era abater o valor em alugueis e um contrato por 20 anos. Como gastou R$ 100 mil, teria 100 meses de isenção. No entanto, o comerciante diz que na inauguração, o bar lotou. O fato teria chamado a atenção do dono do imóvel, o qual mudou o valor pré-combinado de R$ 1 mil para R$ 2,3 mil, e não está querendo aceitar a isenção em relação ao valor investido.
O comerciante, que também é profissional do ramo imobiliário, disse que outros inquilinos também tiveram problema com este dono do imóvel. Ele já manteve contato com um advogado e disse que pretende recorrer à Justiça em relação aos problemas e a acusação de ameaça e agressão.