Em uma operação policial, um idoso de 65 anos, identificado como Ary Hernandez Castijo, foi detido na cidade de Aporé, Goiás, acusado de manter sua companheira em cárcere privado durante 18 anos em condições análogas à escravidão em uma propriedade rural em Pedranópolis, São Paulo. Este caso, descoberto em 2008, chocou a região pela extensão e gravidade dos crimes cometidos.
Castijo estava foragido da Justiça e, além da acusação de cárcere privado, também foi condenado por crimes contra a liberdade sexual, estupro e porte ilegal de arma de fogo. Durante as investigações no sítio em que o casal vivia, a polícia encontrou e apreendeu revólveres, uma espingarda e munições.
O relato da vítima, que tinha 36 anos à época da descoberta do crime, é de que ela não tinha permissão para deixar o sítio, com raras exceções para ir ao supermercado. Mesmo nesses raros momentos de saída, ela era sempre acompanhada de perto por Ary.
A prisão de Castijo foi possível graças ao trabalho persistente do delegado responsável pelo caso, Everson Contelli, e denúncias feitas por familiares da vítima, que auxiliaram a polícia a localizar o condenado.
Mesmo diante de todas as provas e depoimentos, ao ser preso, Ary negou todas as acusações contra ele. Atualmente, ele encontra-se detido no presídio de Cachoeira Alta, Goiás, com previsão de ser transferido em breve para uma unidade prisional no interior de São Paulo.