A Linha 9 – Esmeralda, uma das principais linhas de trem da cidade, sofreu paralisação em suas operações na tarde de hoje devido a uma falha no sistema elétrico. Esta não é a primeira vez que a linha, administrada pela Via Mobilidade, enfrenta problemas. De acordo com registros, ela lidera o ranking de falhas entre as linhas privatizadas neste ano.
Por volta das 14h, um curto-circuito entre as estações Cidade Jardim e Vila Olímpia resultou em uma interrupção das atividades entre Morumbi e Villa Lobos – Jaguaré. Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram fumaça emergindo de uma composição, gerando preocupação entre os usuários. Felizmente, não houve registro de feridos, e todos os passageiros foram prontamente retirados do trem.
Diante da interrupção, a Via Mobilidade acionou os ônibus da operação Paese para dar suporte ao trecho afetado, garantindo a locomoção dos passageiros.
Em meio a estes problemas operacionais, metroviários da CPTM iniciaram uma greve, reforçando a discussão sobre a eficácia das privatizações. O debate ganhou ainda mais peso após o governador Tarcísio de Freitas enaltecer as concessões em um pronunciamento realizado na manhã de hoje. Defendendo a regularidade e disponibilidade dos serviços públicos, o governador destacou: “E quais são as que estão em funcionamento hoje? As que foram transferidas para a iniciativa privada. Essas linhas não estão deixando o cidadão na mão.”
Porém, os registros mostram um cenário diferente. As linhas gerenciadas pela Via Mobilidade apresentaram até o triplo de falhas se comparadas às administradas pela CPTM. Sendo a Linha 9-Esmeralda a mais afetada, com 23 ocorrências registradas apenas neste ano.
Em agosto passado, a Via Mobilidade firmou um Termo de Ajustamento de Conduta, comprometendo-se a pagar R$ 150 milhões em indenizações por danos materiais e morais coletivos, uma resposta direta às falhas recorrentes nas Linhas 8 e 9.
A Via Mobilidade, vale ressaltar, assumiu a responsabilidade pelas operações das linhas 8 e 9 em janeiro de 2022.