O governo Lula revelou, neste domingo (8), um plano de emergência para repatriar cidadãos brasileiros atualmente localizados em Israel e na Palestina. A iniciativa, apresentada pelo ministro da Defesa, José Múcio, e pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, surgiu após consultas detalhadas no Ministério das Relações Exteriores.
Conforme informado por Damasceno, uma aeronave com capacidade para transportar até 220 passageiros está programada para se dirigir à Itália ainda hoje. Será responsabilidade das embaixadas brasileiras na região coordenar o processo, organizando a lista de brasileiros que desejam ser repatriados. A data exata da primeira decolagem a partir de Tel Aviv, entretanto, dependerá da finalização dessa lista. “Não sabemos ainda se essa primeira decolagem será amanhã ou na terça-feira”, explicou Damasceno.
No total, até seis aeronaves da FAB estão disponíveis para esta missão, com o aeroporto de Tel Aviv sendo o principal ponto de partida. Além disso, há a possibilidade de que alguns cidadãos brasileiros retornem ao país por meio de aviões comerciais.
Os pormenores do plano foram discutidos entre diversas autoridades, incluindo Múcio, Damasceno, a embaixadora Maria Laura da Rocha e o assessor especial da presidência, Celso Amorim. É essencial destacar que uma equipe médica acompanhará a missão, garantindo a segurança e o bem-estar dos repatriados.
A decisão surge em meio ao atual conflito na região de Gaza, que se intensificou nos últimos dias. Até o momento, mais de 900 pessoas perderam a vida, com Israel reportando mais de 600 fatalidades e a Palestina 370 – números que, segundo fontes, podem aumentar nas próximas horas.
O Itamaraty estima um total de 20 mil brasileiros residindo nas duas nações – 14 mil em Israel e 6 mil na Palestina. Desses, 60 estão em áreas próximas ao conflito e estão sob monitoramento contínuo do governo brasileiro.