O Brasil presencia uma considerável redução na taxa de desemprego, alcançando 7,7% no terceiro trimestre de 2023, segundo dados revelados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice apresenta uma notável melhoria em relação ao segundo trimestre do mesmo ano, quando a taxa era de 8%, e uma queda ainda mais acentuada em comparação ao terceiro trimestre de 2022, que registrou 8,7%.
Essa marca recente representa o menor índice de desemprego desde o último trimestre de 2014, quando o país vivenciou uma taxa de 6,6%. Em números absolutos, o terceiro trimestre deste ano contabilizou 8,3 milhões de desempregados, um decréscimo de 3,8% em relação ao trimestre anterior e 12,1% se comparado ao terceiro trimestre do ano anterior.
O levantamento também evidenciou que a população ocupada chegou a 99,8 milhões, um crescimento de 0,9% em relação ao segundo trimestre de 2023 e um aumento de 0,6% comparado ao mesmo período de 2022. Esse número é o mais elevado desde que a série histórica foi iniciada em 2012.
Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, atribui esse avanço ao expressivo crescimento do número de brasileiros trabalhando combinado à diminuição de indivíduos em busca de emprego no último trimestre analisado. “A queda na taxa de desocupação foi induzida pelo crescimento expressivo no número de pessoas trabalhando e pela retração de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023”, explicou Beringuy.
Um ponto de destaque da pesquisa é a ascensão do trabalho formal no país. Houve um incremento de 0,9% na ocupação do mercado de trabalho em relação ao trimestre anterior. Isso se traduz em quase 1 milhão (929 mil) de novos trabalhadores. E, do total, mais da metade (587 mil) conseguiu uma posição com carteira de trabalho assinada, ressaltando a solidez e estabilidade desses novos empregos no cenário econômico atual.