Marrocos foi atingido por um devastador terremoto nesta sexta-feira (8) que já resultou em pelo menos 820 mortos e 672 feridos, de acordo com informações iniciais. O sismo, que durou cerca de 15 segundos, ocorreu por volta das 19h30 (horário do Brasil) e teve magnitude 6,8, com uma profundidade de 18,5 km, conforme dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
O epicentro do tremor foi localizado no alto das montanhas do Atlas, aproximadamente 70 km ao sul de Marrakech. Essa região registrou o maior número de vítimas fatais. Muitos residentes de cidades próximas ao epicentro optaram por permanecer nas ruas, temendo a ocorrência de novos tremores. Um segundo abalo sísmico, de menor magnitude, foi registrado 15 minutos após o evento principal.
Além de Marrocos, o terremoto foi sentido em países vizinhos. Relatos em veículos de comunicação de Portugal, Espanha e Argélia indicam que o tremor chegou a ser percebido em partes desses territórios.
Marrocos, situado entre as placas tectônicas africana e euroasiática, frequentemente experimenta terremotos, especialmente em sua região norte. Esse posicionamento geológico faz do país uma área propensa a sismos devido à movimentação contínua dessas placas.
Como referência, em 1980, o vizinho norte-africano, a Argélia, foi palco de um poderoso terremoto em El Asnam, alcançando uma magnitude de 7,3, que matou 2.500 pessoas e deixou 300.000 desabrigados. Esse desastre resultou em considerável devastação, reforçando a vulnerabilidade da região à atividade sísmica.
Autoridades locais e internacionais continuam os trabalhos de resgate e auxílio às vítimas, e alertam para a possibilidade de o número de vítimas aumentar à medida que as buscas avançam.