A chegada de uma forte massa de ar seco e quente, divulgada pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), acende alerta para o aumento do risco de incêndios florestais em São Paulo. O clima seco e a baixa precipitação ressecam as folhas e favorecem a propagação de queimadas com muito mais facilidade. Segundo dados do Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas, publicado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), no último mês foi registrado um aumento de 115% nas ocorrências de incêndio, em comparação ao mesmo período de 2022.
A participação direta da população é fundamental para impedir e mitigar a propagação descontrolada de incêndios em áreas verdes, principalmente em condições climáticas extremas como esta. Para isso, é recomendado que as pessoas evitem o descarte inadequado de bitucas de cigarro, especialmente em rodovias e áreas vegetadas. Essa prática, além de causar poluição, pode resultar em incêndios de grande proporção e acidentes de trânsito.
É aconselhável ainda, evitar a realização de fogueiras e a queima de lixo. As fagulhas provenientes dessas atividades podem ser facilmente levadas pelo vento, aumentando o risco de propagação das chamas. Para aqueles que residem em áreas rurais, recomenda-se manter o terreno limpo e livre de materiais inflamáveis. Essa medida preventiva contribui para reduzir o risco de incêndios nas proximidades, protegendo tanto o próprio terreno quanto a comunidade local.
Em agosto de 2022, foram registrados 20 focos de incêndio, que resultaram na queima de mais de 6 mil hectares de vegetação. Já no mesmo período de 2023, o Painel Geoestatístico registrou 43 incêndios. O aumento de 115% pode ser justificado pela diminuição na incidência de chuvas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em agosto de 2022, foram registrados 37,2 milímetros de precipitação, e em 2023, apenas 28,3 milímetros.
O Estado de São Paulo também tem atuado para fortalecer, cada vez mais, as ações de prevenção e combate. Neste ano, com a Operação SP Sem Fogo, estão sendo investidos R$ 97 milhões na aquisição de equipamentos anti-incêndio, de veículos, na limpeza de áreas marginais de rodovias, na ampliação do uso de tecnologia de boletins meteorológicos e monitoramento via satélite.
SP Sem Fogo
A Operação SP Sem Fogo visa, entre outras ações, diminuir os riscos associados aos focos de incêndio no Estado, principalmente durante o período mais seco do ano, de junho a outubro na região Sudeste do país.
A operação é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Além disso, conta também com ações e investimentos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Fundação Florestal (FF), Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).