Em um cenário repleto de expectativas e controvérsias, um empresário do setor da construção civil em Passos, Sudoeste de Minas Gerais, aciona a Justiça. O motivo? A exclusão do rateio de um prêmio de mais de R$ 22 milhões conquistado por um grupo de apostas em loterias, o “Bolão entre amigos”, organizado por um ex-militar. O empresário afirma ter sido deixado de fora da divisão do prêmio por um débito pendente de R$ 30.
Desde 2019, o empresário faz parte do grupo no WhatsApp, onde os participantes contribuem com R$ 60 por cota para concorrerem a sorteios semanais da Caixa Econômica Federal. Com o crescimento do número de apostadores, a dinâmica de participação tornou-se mais flexível, permitindo contribuições variáveis e acordos informais entre os membros e o organizador.
Na ocasião do polêmico concurso 6243 da Quina, o empresário, alegando proximidade com o ex-militar responsável, não efetuou o pagamento, contando com um acordo informal para inclusão nas apostas e posterior acerto do valor. No entanto, a vitória do grupo, somando mais de R$ 22 milhões, trouxe à tona a disputa pelo prêmio. Os demais ganhadores, alegando o débito de R$ 30, decidiram pela exclusão do empresário do rateio.
Ao buscar justiça, o empresário teve o pedido de bloqueio do prêmio negado pela juíza Aline Martins Stoianov, alegando falta de provas suficientes de sua participação efetiva na aposta daquela rodada e ressaltando a natureza pré-paga das loterias.
Composta majoritariamente por ex-policiais militares de diversas patentes, a lista de 40 vencedores trouxe ainda outra exclusão: uma mulher de Belo Horizonte, que possuía apenas R$ 10 de crédito.
Apesar do revés inicial, a magistrada agendou uma audiência de conciliação entre as partes, marcando um novo capítulo nesta disputa jurídica por milhões.