O ex-deputado federal Roberto Jefferson irá enfrentar júri popular por tentativa de homicídio contra quatro agentes da Polícia Federal. A decisão foi proferida pela juíza federal Abby Ilharco Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios.
Em 23 de outubro do ano passado, Jefferson reagiu a um mandado de prisão em sua residência em Comendador Levy Gasparian, RJ. Com visão privilegiada do segundo andar de sua casa, disparou contra os policiais usando uma carabina e lançou granadas no veículo oficial da PF, causando danos consideráveis.
Durante o confronto, o delegado Marcelo André Côrtes Villela e a agente Karina Lino Miranda de Oliveira ficaram feridos por estilhaços de uma das granadas. Ambos foram hospitalizados.
Jefferson permanece em prisão preventiva e, por razões de saúde, está internado no Hospital Samaritano, Botafogo, Zona Sul do Rio, conforme decisão autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, foi destacado que o ex-deputado lançou três granadas adulteradas e efetuou cerca de 60 disparos de carabina em direção aos agentes na via pública, criando um evidente perigo comum.
O ministro Alexandre de Moraes já havia determinado a detenção de Jefferson, anteriormente em prisão domiciliar, após este proferir ofensas contra a ministra do STF, Cármen Lúcia.
A defesa de Jefferson pediu a conversão da detenção em prisão domiciliar, porém a juíza Abby Magalhães manteve a prisão preventiva, enfatizando a “necessidade de manutenção da prisão preventiva do réu com vistas à garantia da ordem pública”.