A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou planos para realizar, em 2024, seu maior exercício de comando e estado-maior desde o término da Guerra Fria. As manobras, previstas para acontecer em fevereiro e março, serão sediadas na Alemanha, Polônia e países bálticos.
Nesta ocasião, serão envolvidas entre 500 a 700 aeronaves, mais de 50 navios e aproximadamente 41 mil militares. Uma particularidade desse exercício é sua avançada capacidade técnica, onde dados geográficos e topográficos reais criarão cenários mais realistas para as tropas. A aliança militar também treinará contra ameaças terroristas para além de suas “fronteiras”.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, ressaltou que a força de reação rápida da organização teria um aumento significativo, alcançando um total de ao menos 300.000 soldados. Na última cúpula da Otan em Vilnius, foi acordado entre os membros novos planos de defesa regional.
Ao todo, 32 países participarão dos exercícios, incluindo a Suécia, que aguarda a ratificação de seu pedido de adesão à Otan por parte da Turquia e Hungria.
Este grande exercício é visto como uma clara mensagem da Otan à Rússia, evidenciando a disposição da aliança em defender seus aliados. Em contraponto, em setembro passado, o presidente russo, Vladimir Putin, criticou a postura do Ocidente, alegando que ameaças constantes vêm sendo dirigidas à Rússia.