Em uma operação surpreendente que bateu recordes, um foguete da Firefly Aerospace foi lançado do Vandenberg Space Force Base na Califórnia em 14 de setembro, com um tempo de preparação de apenas 27 horas após receber a autorização. O lançamento não foi divulgado nem transmitido ao vivo, pegando de surpresa a comunidade internacional de exploração espacial.
O foguete estava transportando o satélite Victus Nox, pertencente à Força Espacial dos Estados Unidos. O objetivo do satélite é realizar uma missão de “consciência do domínio espacial”, ajudando na monitorização do ambiente orbital ao redor da Terra.
O lançamento não só surpreendeu pela falta de anúncio, mas também pelos efeitos visuais extraordinários. Gerou uma pluma de escape visível a mais de 1.600 km de distância. Após a dissipação da pluma, um brilho vermelho permaneceu no céu, um indicador de que o foguete pode ter criado um buraco na ionosfera, a camada da atmosfera terrestre entre 80 e 645 km acima da superfície. Veja na imagem em destaque.
Essa não é a primeira vez que um “buraco ionosférico” é observado este ano. Um evento similar ocorreu em julho, após o lançamento de um foguete Falcon 9 da SpaceX. Vale ressaltar que esses buracos ionosféricos não representam uma ameaça para a vida na superfície terrestre e se fecham naturalmente em algumas horas.
Logística e Objetivos Futuros
O lançamento tinha como objetivo principal demonstrar a capacidade dos Estados Unidos de colocar rapidamente um ativo em órbita com muito pouco aviso prévio. Para atingir esse objetivo em tempo recorde, a equipe da Firefly Aerospace teve que atualizar o software de trajetória do foguete, encapsular o satélite e realizar todas as verificações finais em menos de 27 horas. A empresa havia recebido o contrato para o lançamento em outubro de 2022, com a especificação de que seria necessário estar pronto para lançar o satélite com menos de 24 horas de aviso.