A fachada do Centro Cultural Ferroviário, localiado na avenida dos Araçás, caiu após o vendaval ocorrido em Araçatuba no domingo (17). Histórico, o prédio foi erguido na década de 1920 para funcionar como uma oficina de locomotivas da antiga NOB (Estrada de Ferro Noroeste do Brasil).
O espaço é tombado como patrimônio histórico na esfera municipal pela Lei nº 3839, de 14 de dezembro de 1992 e na esfera estadual, junto ao Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo), pela Resolução SC nº 43, de 16 de julho de 2012.
Interditado desde 2009, por risco de desabamento, o espaço até então, foi utilizado para a realização de feiras, atividades culturais e exposições. Em julho deste ano, a Prefeitura assinou a ordem de serviço para as obras de recuperação e restauração do prédio, investimento de R$ 2.180.726,41. O trabalho está sendo realizado pela DWJ Engenharia e Construções Ltda, que terá seis meses para concluir os serviços, ou seja, até janeiro de 2024.
Dois meses antes da assinatura da ordem de serviço, em maio deste ano, o promotor de Justiça de Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente de Araçatuba, Cláudio Rogério Ferreira, ajuizou uma Ação Civil Pública contra a Prefeitura, na Vara da Fazenda Pública, para que o município providenciasse a completa restauração espaço, localizada na avenida dos Araçás, em um prazo de seis meses, sob pena de multa de R$ 5 mil diários. A ação ainda não foi julgada.
Dano está sendo avaliado pela Secretaria Municipal de Planejamento
Em resposta aos questionamentos da imprensa sobre o desabamento, a assessoria da Prefeitura informou que a obra de recuperação do Centro Cultural está em andamento e que os danos causados pela ventania de domingo foi um “caso fortuito”.
“O dano está sendo avaliado pelo secretário municipal de Planejamento Urbano e Habitação, Tadeu Consoni, e mais dois engenheiros da Prefeitura. Assim que essa avaliação for concluída, a DWJ Engenharia tomará medidas imediatas para iniciar os trabalhos de restauração da fachada do prédio”, informou a assessoria de imprensa.
Enquanto isso não ocorre, ainda segundo a Prefeitura, a DWJ irá trabalhar em outros pontos do projeto, que inclui a recuperação da cobertura, adequação da parte hidráulica e elétrica, construção de sanitários acessíveis e paisagismo do entorno.