Araçatuba registrou, até esta sexta-feira (22), um aumento de 69% nos casos de Covid-19 em setembro deste ano em comparação a agosto. De um mês para o outro, o número passou de 59 para 100 pacientes infectados. Hoje, há 5 internados nos hospitais da cidade para o tratamento da doença, sendo 3 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 2 em nas chamadas áreas de isolamento ou enfermaria.
O aumento, segundo a chefe da Vigilância Epidemiológica e Sanitária de Araçatuba, enfermeira Priscila Cestaro, deve a vários fatores. Primeiro, a baixa cobertura vacinal da dose de reforço, que não chega a 80%, quando o ideal seria atingir 95%.
Depois, há o forte calor, que leva as pessoas a ficarem em salas fechadas com ar-condicionado e sem o uso de máscara, que não é mais obrigatório, facilitando, assim, a transmissão do novo coronavírus.
Ela destaca, ainda, que houve um relaxamento nos cuidados, ou seja, além de não usar mais as máscaras, as pessoas deixaram de lavar as mãos constantemente e utilizar o álcool em gel para a higienização.
“A gente tem ainda o problema das mudanças climáticas, passando de temperaturas baixas para muito altas, com um pequeno aumento nas doenças respiratórias, e há um público ainda não vacinado”, afirmou Priscila.
Conforme ela, ainda não há registros da nova variante do vírus, a EG5.1, chamada de éris, que é altamente contagiosa, o que poderia justificar o aumento de casos.
No entanto, isso não significa que a nova variante não esteja circulando na cidade, pois muitas pessoas viajaram no feriado de 7 de setembro e, em vez de fazer o exame PCR, que identifica o tipo de virus, acabaram fazendo os testes rápidos, que não detectam a tipagem do vírus.
Ela lembra que as vacinas, tanto da Covid-19 quanto da gripe estão disponíveis na rede pública de saúde, em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde). E que, mesmo no calor, as pessoas devem lavar as mãos e utilizar o álcool em gel. “O vírus está aí, continua circulando”, alerta.
Desde o início da pandemia, 61.219 pessoas contraíram a Covid-19, das quais 60.309 se recuperaram. A cidade acumula 968 mortes desde o início da pandemia, mas em setembro deste ano, não houve falecimentos, ao contrário de agosto, que registrou um óbito pela doença.
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